quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Vale a pena ver...

Deixem-me partilhar convosco um vídeo motivacional que eu acho que merece cada segundo da nossa atenção. Por falta de coragem deixamo-nos levar, fazemos coisas que pouco nos agrada, obrigamo-nos a ter empregos que nunca foi o que sonhamos ou até estudamos, tudo porque temos medos de levantar os braços e ter trabalho com o que realmente é significativo.
Com isso, perdemos inúmeras oportunidades que muitas vezes só acontecem uma vez na vida, como diz o ditado popular. Obrigamo-nos a seguir um caminho que bastantes vezes é banhado em pouca- vontade e tristeza, apenas porque pensamos que tudo é muito difícil.
É difícil pra mim, pra ti, para nós, mas até para os grandes empresários e isso não faz com que eles voltem as costas e deitem tudo a perder. 
Por muito negro que a caminhada possa parecer, por muitos obstáculos que possam surgir, nada tem mais valor do que quando realizamos algo feito com amor.
Vamos construir sonhos, vamos construir oportunidades que tanta falta nos fazem.
Pense sobre isso...



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Dicas de adaptação para divisões da casa de Pessoas com Demência

Quando temos conhecimento de algum familiar possuir um diagnóstico de demência, a nossa mente transporta-nos imediatamente para pensamentos poucos positivos, sentindo um misto de emoções e pensamos logo o pior para o futuro. Contudo, quando estamos dispostos a promover a autonomia da pessoa com demência, o desempenho e a participação nas ocupações diárias aumenta significativamente.
Existem inúmeras adaptações que podemos e devemos realizar para promover essa autonomia, nomeadamente em ambiente domiciliário. São diversos os elementos nas diferentes divisões da casa a serem adaptados, como por exemplos, o quarto, a sala de estar, a casa de banho, a cozinhar entre outros.
Aqui ficam algumas recomendações de adaptações, fáceis de implementar e acessíveis, que podem fazer toda a diferença.


Espaços/divisões:
Todas as divisões da casa devem ser o mais amplas e seguras possíveis, retirando todos os objetos que podem colocar em risco a segurança e saúde da pessoa. Tapetes que não sejam antiderrapantes, acumulações de caixas ou objetos decorativos que impeçam um percurso eficaz, devem ser os primeiros a serem retirados. Simultaneamente, devemos ter em conta que embora esta medida possa possibilitar uma marcha mais eficaz, a pessoa com demência numa fase inicial, deverá ter ainda uma voz ativa sobre o assunto, pois existe a possibilidade de remover algum objeto que seja bastante significativo. Deverá haver sempre um grande diálogo e negociação. É importante ainda referir que todas as portas das divisões da casa devem estar sempre destrancadas. 



Fotografias:
Promova e mantenha a familiaridade, colocando fotografias de familiares em locais onde a pessoa permanece grande parte do seu tempo ou realiza as suas atividades. Através das fotografias pode ir estimulando a pessoa sobre os familiares, ambientes onde as fotografia foram tiradas ou até mesmo que sentimentos lhe transmite. 



Reflexos: 
Com o avançar da doença, as pessoas tendencialmente deixam de reconhecer a sua imagem, seja através de espelhos, televisões apagadas ou molduras espelhadas o que por muitas vezes disputam crises de frustração ou revolta.
Assim, deve evitar todos os objetos que podem confundir ou assustar utilizando apenas o espelho na casa de banho, as televisões colocadas ou em suportes de paredes o mais elevada possível para não criar reflexo ou dentro de um armário opaco que possa ser fechado após a sua utilização. As molduras preferencialmente devem ser de madeira ou plástico.


No quarto:
A cama deverá ser localizada num ponto estratégico com bastante luz nos períodos diurnos, prevenindo eventuais quedas. Deverá utilizar cores diferentes e contrastes entre os lençóis, almofada, e edredom. É conveniente que a mesa de cabeceira deva conter poucos objetos, mas significativos. Sempre que possível utilize as cortinas para eliminar a luz proveniente do exterior no período noturno para promover uma boa noite de sono e reduzir a possibilidades da pessoa ver sombras e criar ilusões. 



Na casa de banho:
Readapte a sua casa de banho de modo a que se torne um espaço acolhedor, seguro e convidativo. É recomendável o uso de cores contrastes para a tampa da sanita e as barras de apoio pois são elementos que deve ser de fácil identificação. Se tiver banheira, retire a cortina de banho, poderá representar um perigo se for utilizada como apoio, devendo ser substituída por uma cortina de duche fixa que seja de fácil abertura. Considere também colocar uma cadeira de banho para facilitar a atividade. Todos os utensílios necessários para realizar as atividades, tais como, gel de banho, shampoo, sabonete, papel higiénico devem estar sempre visíveis e de fácil acesso para diminuir o risco da pessoa saltar alguma tarefa que constituem as atividades.


Sempre que for possível, deixe que seja a própria pessoa a realizar as diferentes atividades do dia-a-dia. Não a subestime nem a faça sentir incapaz. Desta forma está a promover a autonomia da pessoa e a proporcionar o retardamento da doença.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Guia do cuidador da Pessoa com Alzheimer






A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que incapacita progressivamente. Por isso, é preciso aprender a lidar com as diferentes situações que vão surgindo no dia-a-dia, desdramatizando-as. Estimular e incentivar o doente, respeitando a sua autonomia em segurança, continua a ser a melhor forma de conviver com o problema.

Alimentação:
  • Varie a sua alimentação, procurando também, dar à pessoa refeições do seu agrado;
  • Vigie o estado da boca, dentes ou próteses dentárias;
  • Se verificar que lhe custa a engolir ou que está a emagrecer, apesar de se alimentar bem, consulte um médico;
  • Se a pessoa comer demasiado, não deixe alimentos ao seu alcance. Distraía-o com outras atividades.
Alterações de Humor:
  • A desorientação pode levá-lo a ter reações impulsivas, insultando sem razão aparente. Procure compreender, minimizando o incidente;
  • Pequenas contrariedades podem ganhar uma dimensão excessiva, levando-o a episódios de fúria. Deixe-o descarregar e depois acalme-o. Nestas ocasiões, mude o tema de conversa ou a atividade;
Orientação:
  • Pode ser aconselhável identificar a carteira da pessoa com alguns dados pessoais e contactos de emergência;
  • Ajude-o a orientar-se no ambiente em que vive, utilizando sinais ou cores fáceis de identificar;
  • No ambiente retire objetos e materiais que possam colocar em risco a segurança da pessoa;
  • Organize um calendário com cores referentes as atividades a realizar por dia com as respetivas horas e coloque num ponto estratégico (ex. frigorifico, porta de saída, etc);
Perturbações do Sono:
  • Procure aumentar o seu nível de atividades durante o dia;
  • A pessoa deve ir à casa de banho antes de se deitar;
  • Procure um ambiente confortável e tranquilizante;
  • Se acordar a meio da noite, fale suavemente com ele, recordando-o de que é de noite;
  • Olhe-o nos olhos e fale calmamente;
  • Um pequeno toque ou carinho pode ajudar a tranquiliza-lo;
Alucinações e Delírios:
  • Distraia-o até que a sua ansiedade diminua;
  • Evite convencê-lo que a sua perceção não é real. Tranquilize-o;
  • Se as alucinações ou delírios  continuarem, leve a pessoa ao médico;
Incontinência:
  • Tente que a pessoa vá à casa de banho de 2 em 2 horas;
  • Se urinar durante a noite utilize fraldas. Esteja atento às infeções urinárias;
  • Tente incentivar a ingestão de líquidos;
Comunicação:
  • Procure integrar a pessoa nas conversas familiares. Desta forma, está a fazê-lo sentir-se parte de um grupo e a retardar a sua perda de linguagem e vocabulário;
  • Fale de forma clara e lenta, usando frases curtas e com uma só mensagem;
  • Repita a mesma frase as vezes que forem necessárias;
Sexualidade:
  • Os doentes de Alzheimer podem ter comportamentos socialmente inconvenientes, nomeadamente a nível sexual. Não lhes dê demasiada importância, pois em geral, são situações temporárias;
  • Se necessário proteja a sua intimidade, levando-o para um local recatado;
Agravamento dos sintomas:
  • À noite ele pode atingir níveis maiores de exaustão. Resguarde-o evitando a sua presença em locais de grande agitação, quer em sua casa, quer no exterior;
  • Procure mantê-lo no local mais tranquilo da casa;
  • Se necessário, compre-lhe óculos e aparelho auditivo;
  • Procure tranquiliza-lo, transmitindo-lhe segurança;
Adaptar Casa:
  • Para segurança de quem sofre da doença de Alzheimer, procure manter a casa arrumada e com o menor número possível de objetos decorativos possível;
  • Procure ter a casa sempre bem iluminada;
  • Conserve os corredores desimpedidos, retirando os tapetes;
  • Coloque luzes de presença nos corredores;
  • Ponha fita fluorescente nos interruptores;
  • Tenha especial atenção à cozinha e casa de banho, pois muitos acidentes ocorrem nestes locais;
  • Mantenha objetos perigosos fora do alcance da pessoa, nomeadamente: tábua de passar a ferro, produtos de limpeza, ferramentas ou medicamentos;
  • Instale pegas para ajudar a entrada e saída da banheira;
  • Instale barras de apoio para a sanita;
  • Utilize carpetes ou tapetes anti- derrapantes;
  • Prefira o poliban à banheira;
  • Utilize adesivos anti- derrapantes no chão do poliban ou banheira;

Rodeie sempre o Doente de Alzheimer de atenção, não de problemas e conflitos. Não se culpe por qualquer situação. 

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Porque devo procurar um Terapeuta Ocupacional?



O Terapeuta Ocupacional é um profissional de saúde que recorre a atividades terapêuticas como meio de avaliar, facilitar, restaurar ou manter as competências de cada individuo, que lhe permitem ser funcional e autónomo no dia a dia.
Assim, todas as pessoas que apresentam algum tipo de comprometimento temporário ou permanente, que possuem dificuldades ou até mesmo a impossibilidade de realizar quaisquer atividades que necessitem ou desejam fazer dentro dos seus papeis sociais e que realizavam anteriormente, antes de uma lesão, trauma ou doença, devem procurar um Terapeuta Ocupacional. 
Porque?
Porque na Terapia Ocupacional a pessoa é estimulada para realizar as suas atividades de forma autónoma e independente, retomando as suas rotinas recorrendo a diversas técnicas para a concretização das atividades. Quando a capacidade funcional e as habilidades remanescentes da pessoa não favorecem a execução de determinadas atividades, que a pessoa deseja, necessita ou até mesmo quando a exigência da tarefa se revela demasiado complexa, o terapeuta recorre ao aconselhamento de produtos de apoio que irão facilitar o processo de execução e ainda promover uma maior autonomia e independência.



O que é a Terapia Ocupacional?

A Terapia Ocupacional visa tratar condições de saúde que afetam o desempenho das pessoas em qualquer fase da vida, através do envolvimento em atividades significativas, com o objetivo de lhes proporcionar o maior potencial de funcionalidade e de independência nas ocupações em que desejam participar. As atividades são selecionadas de acordo com as necessidades pessoais, sociais, culturais e económicas e refletem os fatores que orientam a vida do indivíduo.
Essas atividades podem ser atividades do seu quotidiano com o intuito de cuidar de si própria (autocuidados), desfrutar da vida (lazer) ou contribuir para o desenvolvimento da sua comunidade (produtividade).
Onde encontrar um Terapeuta Ocupacional?
Os Terapeutas Ocupacionais como profissionais de saúde, podem exercer as suas funções em diferentes tipos de instituições, em várias áreas de intervenção, com diversos tipos de populações ou patologias e faixas etárias variadas.
Podem exercer as suas funções em instituições como:
  • Hospitais Centrais;
  • Hospitais Psiquiátricos;
  • Hospitais Particulares;
  • Centros de Saúde;
  • Unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados;
  • Centros de dia;
  • Lares;
  • Instituições Privadas de Solidariedade Social;
  • Cooperativas de Ensino e Reabilitação de Crianças Inadaptadas;
  • Associações Portuguesas de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental;
  • Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral;
  • Associações de utentes;
  • Clínicas de Reabilitação;
  • Escolas;
  • Jardins de Infância;
  • Clínicas de Saúde Mental;
  • Empresas de Produtos de Apoio;
  • Câmaras Municipais;

  • Empresas em geral.

Links de artigos sobre a Intervenção de Snoezelen

Deixo disponíveis três links de artigos sobre a Intervenção da Terapia de Snoezelen, como forma de apoio a entender-se mais sobre esta práti...