Por exemplo, imagine-se ao acordar, faz pequenas atividades, tais como, levantar da cama, lavar a cara, escovar os dentes, vestir-se, tomar banho, pentear os cabelos. Essas atividades e outras de cuidado consigo própria representam uma ocupação humana, a ocupação do autocuidado.
Atividades como caminhar, correr, praticar desporto, ir ao fórum, ver um filme ou uma peça de teatro são atividades/ações que representam uma ocupação de lazer. A ocupação do brincar é representada por as crianças que muitas vezes, brincam sozinhas, com os pais ou com outras crianças, fazendo de conta, brincando com jogos de tabuleiro, jogos de regras, explorando.
Para entender o impacto da terapia ocupacional com estes pacientes é preciso entender o impacto que a lesão após o AVC provocou nas ocupações diárias da pessoa. Alguma vez tentou imaginar como seria se um dia não conseguisse utilizar uma das suas mãos para abotoar uma camisa? Ou abraçar uma pessoa especial pra si com apenas um braço? Tentar cortar um bife com apenas uma mão? Tentar segurar uma criança no colo, usando apenas um braço? Ou ainda esquecer-se do dia de pagamento das despesas?. Em todas essas situações a pessoa experiência dificuldade, constrangimento e frustração.
Pessoas que sofreram um Acidente Vascular Cerebral necessitam de cuidados especializados de diferentes profissionais da área da saúde. Os cuidados da Terapia Ocupacional têm como objetivo reabilitar essas pessoas nas atividades que são significativas e importantes para eles, com a finalidade de retornar à independência, à autonomia (capacidade de exercer escolhas e de tomar decisões, por si próprio) e na participação social.
O Terapeuta Ocupacional, através da análise de atividades do dia a dia das pessoas que sofreram um AVC, está apto a identificar, avaliar e treinar o paciente, para retornar à vida independente, dentro das possibilidades por cada caso, e utilizando métodos e técnicas da área da saúde e específicas da terapia ocupacional.
Através dessa análise de atividades, o terapeuta em conjunto com o paciente (sempre que possível), família e cuidador, avalia, realiza o planeamento e a intervenção, reavalia os resultados e pode redefinir novos objetivos, dando continuidade à reabilitação. Devemos ressaltar que cada paciente é único e que cada fase do tratamento são possibilidades para cada caso e nunca podem ser considerados como "receita pronta" para todos os casos.
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